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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

PEDAGOGIA DE EVENTOS


OPINIÃO

É evidente que em todas as etapas do ensino e aprendizagem, deve haver uma relação entre a prática e a teoria. Caso contrário, correremos um risco de repetir um erro clássico, que se traduz no seguinte provérbio: “Faça o que eu digo, mas nunca faça o que eu faço”.
É muito comum, em especial nas escolas do ensino fundamental e médio de todo Brasil, a mobilização de estudantes e professores, durante um dia ou uma semana com a finalidade de debater as diversas problemáticas inerentes ao ambiente, à ética, a cidadania,... Contudo, penso que tratar qualquer temática em apenas um único período do ano é uma grande falha do sistema de ensino. E a gravidade é maior ainda do que imaginamos, pois dificilmente estes métodos atingirão algum objetivo consistente. E tal fato comprova-se mediante a pura e simples observação do ambiente que serviu de “palco para o espetáculo”. Na maioria das vezes, depois de findado o evento, o que resta são cenas revoltantes, que exprime, antes de qualquer coisa, o desrespeito e a irresponsabilidade. É difícil compreender e até mesmo aceitar um plenário tomado por copos descartáveis e papéis logo após uma palestra sobre educação ambiental, ou ainda, quando a escola resolve que uma dança (bem ou mal coreografada) pode ensinar o tema proposto.
Na realidade o que interessa à escola é uma metodologia que valoriza o discurso em detrimento à prática, sendo essa última, reduzida a meras apresentações de cartazes, paródias, danças e, até mesmo, desfile de moda. O fato é que todas essas atividades não são capazes de transformar atitudes, porém possui um forte apelo de marketing, o que nos induz a pensar que a verdadeira preocupação daqueles que assumem a responsabilidade de gerir as instituições de ensino é garantir uma imagem positiva perante às opiniões pública e midiática.
Diante desse sentimento de indignação, surge o seguinte questionamento: Como reverter esse quadro? Confesso que a resposta não é fácil, entretanto, creio que a primeira medida a ser tomada, deve concentrar esforços para estimular mudanças nas atitudes e no comportamento de cada ser pensante, e a partir daí, teremos condições básicas para a iniciação de um processo que permitirá a verdadeira prática das teorias.

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